22 de maio de 2013

Imigração para os brasileiros é uma opção, para outros uma questão de vida ou morte.

Estava hoje conversando com uma pessoa que trabalha na mesma empresa que eu, e que conheço a uns 2 anos, sobre como foi sua vinda para o Québec, tendo em vista que seu processo de imigração foi como refugiado. Se alguém me perguntar como foi burocraticamente seu processo eu não saberei responder, pois depois que ela começou a contar sua história eu fiquei completamente chocado e não conseguia me focar em outra coisa que não fosse a forma que ela foi obrigada a sair de seu país, Ruanda - Africa.
Em 1994, ela tinha 20 anos e de um dia para o outro começou o extermínio de toda uma etnia no país de Ruanda, etnia a qual ela pertência. Ela viveu o momento em que toda sua família  foi fusilada por uma tropa ruandesa, e só sobreviveu porque sua mãe levou varios tiros e caiu sobre si. Ela se fez de morta enganando os soldados ruandeses, que pensaram que todos estavam mortos, e seguiram seu rumo com a matança. Após a saída dos soldados e ensanguentada com o sangue da mãe, ela viu que sua mãe apesar de ter levado muitos tiros de fusil ainda estava viva, mas nada pode fazer pois não poderia pedir ajuda a nimguém, já que somente pessoas da outra etnia não foram exterminadas. Seus vizinhos que pertenciam a outra etnia e que até minutos antes eram seus amigos passaram a ser inimigos. Não restou fazer outra coisa que fugir para não ser morta, deixando para traz toda sua família morta.
O Québec para ela foi a oportunidade de continuar viva e começar uma nova vida, carregando consigo cicatrizes de um passado chocante.
Genocídio em Ruanda